sábado, 30 de junho de 2018

Viagem a Santiago de Compostela 2018

Após muitos sonhos , leve preparação, embarcamos eu e meu filho Ubiratan, no dia 29 de maio de 2018 para São Paulo, afim de tomar o avião da AirEuropa pa Madri onde chegamos às 5:30 hs. do dia 30/maio. A seguir nos dirigimos de onibus até o Terminal de Atocha onde embarcamos às 7:30 hs. para Pamplona onde chegamos cerca de 10:30 hs. Como estava planejado dirigimo-nos a Decathlon onde adquirimos algumas coisas. Compramos ships para celular e pegamos onibus para Saint-Jean-Pied-de-Port. Chegamos no fim da tarde e fomos para o albergue (uma porcaria). 
    No dia seguinte, 31/maio, o Bira iniciou a subida dos Pirineus e eu fui de onibus para aguardá-lo em Roncevalles, na Navarra. Ele chegou feliz e cansado, alojamo-nos no albergue (excelente) do Mostiro, compramos lembrancinhas e no dia seguinte deixamos Roncesvalles com destino a Pamplona. Já no terminal de onibus o Bira deu por falta de seu notebook que havia esquecido no bar, Casa Sabina. Fomos de taxi (60 euros) e felizmente estava guardado. Voltando a Pamplona, tomamos o trem para Astorga, não é que deixamos passar a estação e tivemos de  descer em um pequeno pueblo, Bembibre, entre as montanhas de León. Voltamos a Astorga de taxi (70 euros) onde ficamos no albergue das Sierva de Maria (sofrível). Buscamos as bicicletas que haviamos alugado com o Bikeline Brasil, arrumamos os alforges e no dia seguinte iniciamos a peregrinação. Para mim não durou muito, pois perto de chegar a Santa Catalina de Somoza, senti perder as forças e a da gravidade levou-me ao chão. Feri-me nos joelhos e cotovelos e vi não ser possível continuar. Passava pela via um taxi que levou-me a Santa Catalina, o Bira chegou logo após, limpou minhas feridas e fez um curativo. Consegui um taxi que levou-me até Ponferrada, parei em Manjarim para dar um abraço e Tomaz. O albergue de Ponferrada é uma maravilha, fui acolhido com todo carinho e atenção pelos hospitaleiros, refizeram meus curativos e reservaram uma acomodação excelente para mim, jamais poderei agradecer o suficiente a essas pessoas, foram bons demais. Seria injusto citar alguem em particular, todos foram maravilhosos. o Bira chegou após e vendo que eu estava bem tratado no dia seguinte, continuou seu caminho. A hospitaleira Gabriela, bendita brasileira, providenciou o atendimento hospitalar, através do meu seguro e fui avisado que se não tivesse seguro seria atendido mesmo assim. Fui encaminhado ao Hospital de la Reina, onde fizerem radiografia de meu joelho. Voltei no dia seguinte, fui medicado e me recomendaram cirurgia, declinei da indicação para procurar auxilio quando voltasse ao Brasil. No albergue lavaram e secaram minhas roupas, convidaram-me para jantar, me cobriram de mimos, porém tive de deixá-los para ir aguarda o Bira em Santiago. QUE DEUS SEMPRE OS GUARDE.
Fiquei hospedado em Santiago no Seminario Menor, só no nome, é imenso e as acomodações são excelentes, só não tem elevadores. Aguardei a chegada de meu filho e fui várias vezes à igreja, de uma vez perguntei à uma senhora a localização desta igreja e ela prontamente conduziu-me até lá e falou ao segurança para deixar-me entrar visto que já tinham fechado as portas( idade da senhora : 90 anos e saudável).
Finalmente chegou o Bira, encantado com tudo, maravilhado com tudo que via e muito satisfeito como tratamento recebido por todos. Povo excelente os galegos. Em Santiago levei-o a conhecer o amigo de outros tempos, o sr. Oscar, proprietário do estabelecimento A Rua. Recebeu-nos alegre e apresentou-nos sua familia e encheu-nos de presentes. Foi uma demonstração da hospitalidade galega. O Bira descobriu o Mercado de Abastos e aí se deliciou, tornou a voltar no dia seguinte e chegou a comprar um bacalhau que trouxe para o Brasil. Muito frio e chuva em Santiago então me recolhi até que no dia 10/junho, fomos encontra minha nora Olivia em Barcelona. Aí é outra historia que conto outra hora




















sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Estamos em 2017, dezembro, 23.
Os cabelos estão brancos, eu mais magro, dentro de três dias mais velho, 79 anos.
Nunca pensei chegar a esta idade, porém Deus deve ter um propósito para mim.
Voltei a residir em Balneário Camboriú após passar um ano em Florianópolis, a Sueli concordou, sob protestos, em voltar para cá. Ainda me recuperando de novas cirurgias da coluna (duas), passo quase todo o dia em frente à TV ou ao computador, com isto perdi quase toda massa muscular.
No ano de 2015, fiz novamente a peregrinação a Santiago de Compostela, outra vez de bike. Ficamos alguns dias em Lisboa, onde comprei duas bikes e depois fomos à Fátima onde passamos os dias 12 e 13 de maio, No dia 14 nos dirigimos à Leiria, a seguir Monte Real, Figueira da Foz, O Porto, Viana do Castelo, Seixas, Tuy, O Porriño, Pontevedra, Caldas de Reis, Padrón, Teo e finalmente Santiago de Compostela. Estávamos exaustos, as "partes" depiladas e feridas. Acabamos doando aos bicicletas e seguimos para Barcelona para ver os netos.Ficamos aí por dois meses.




Não fizemos nada como eu tinha planejado. Falhas minhas.
Voltamos para casa e depois mudamos para Fpolis. Por um ano suportei os gastos. O aluguel era o de menos porém o condomínio consumia meus parcos recursos.
Voltamos e tenho de pensar em algo para o futuro, que Deus me ajude!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

lEstamos chegando ao fim de 2011. Dentro de três dias, completarei 74 anos. Muitas alegrias, muitas conquistas, muitas perdas e muitas esperanças. Só tenha a agradecer ao GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO por tudo. Nasci sem nada e hoje o que tenho é suficiente para viver e repartir. Hoje presto serviço voluntário na Rede Feminina de Combate ao Câncer de?Itajai. Estou sendo útil e isto me dá satisfação.
Este ano novamente fui peregrinar em Santiago de Compostela. Dia 14 de Setembro saímos de Florianópolis chegando em Lisboa no dia seguinte. Aproveitamos para conhecer o Oceanário de Lisboa e o Mosteiro dos Gerônimos. Após nos dirigimos à Fátima, onde vi/sitamos as casa dos pastorinhos. Depois viajamos para Valença do Mionho, onde começamos O CAMINHO. Calor foi o principal obstáculo e só chegamos ao fim no dia 30.Voltamos dia 5 de outubro após passar por Barcelona . Agora é economizar para retornar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

De como podemos mudar de humor e de objetivos



Ainda era cedo quando chegamos a Santa Catalina de Somoza. Faltavam apenas 267 km para chegarmos à Santiago, como sempre cansados mas alegres de completar mais uma etapa dos 752 km iniciais.
Na entrada do "pueblo maragato", já havia um senhor que esperava os peregrinos, fazendo propaganda do albergue de seu filho, o San Blas, passamos ao lado e dirigímonos ao primeiro da rua. Era bem bonitinho e tinha um jardim interno muito florido. Registramo-nos fomos tomar posse de nossos beliches e tomarmos banho. Depois, como sempre acontecia, fomos percorrer a vila. O estilo maragato é um conjunto de taipas que servem de muros, casas de taipa e muitas flores. Ao passarmos nesta rua principal ( ou única ao longo da estrada, encontramos uma brasileira (uma das Graças) de Brasília, em frente e numa das mesinhas, daquelas metálicas de propaganda de cerveja, que nos recebeu com um grande sorriso. ElA E SUA HOMÔNIMA, HAVIAM SE HOSPEDADO NO ALBERGUE SAN BLAS, ONDE OCUPAVA A MESA ENQUANTO ESPERAVA QUE A OUTRA SE BANHASSE.( as maiúsculas sairam por engano). Sentamo-nos, a seu convite e ao sabermos que era dia de seu aniversário. Conversávamos, satisfeitos e alegres, quando um indivíduo, parou ao nosso lado. Nervoso, amassava um cigarro, apagado e nada dizia. Finalmente, dirigi-me a ele perguntando o que desejava, nada respondeu e continuou amassando o pobre cigarro. Perguntei-lhe que idioma falava, pois parecia não entender meu espanhol. Respondeu-me que falava espanho e dsse-nos o que beberiamos. Como eu já havia almoçado e bebido meu vinho, respondi-e que nada. Ele então muito mal-educadamente silicitounos: - ... que se vayan, pues estelugar és mio. Era o dono do estabelecimento que exigia consumo para sentarnos junto à uma sua hospede. Agradecemos e saímos, mto ofendidos e percorremos os poucos metros até o final da rua (cidade) e voltamos ainda indignados ao nosso albergue. São coisas pequenas que acontecem, nos desgostou muito porque eu havia escolhido esta vila pelo seunome que eu relacionava ao meu ESTADO NATAL DE SANTA CATARINA. Enfim, ao deitar-me, tentei rezar o Pai Nosso, pensando perdoar ao pobre homem, porém a mágoa ficou.
Dia 24 tinhamos de enfrentar mais um trecho e eu tratçara, que iríamos até Foncebadón, como sabia que esta etapa seria difícil, eu pretendia que fosse curta.
A subida logo mostrou-nos que teriamos que esforçar-nos bastante. As paisagens das montanhas de León, eram magníficas. Sempre cruzávamos com passagens do Caminho e encontrávamos sempre os mesmos peregrinos que paravam para falar conosco e incentivar-nos por fazer a subida em bici. Começamos à ouvir trovões ao longe, eu vi que em alguns montes havia chuva mas tinha esperanças que não viessem por onde estávamos. Cruzamos El Ganso, onde não vi ganso nenhum, devem tê-los afogados todos, passamos por Rabanal del Camino e então a chuva nos pegou quando chegamos em Foncebadón. Dirigi-me ao albergue Monte Irago, onde pretendia ficar, porém quando o hospitaleiro nos disse que não havia lugar para bicis, retiramo-nos, pois tinhamos bagagens, para nós valiosas e não queriamos deixá-las ao tempo.
Continuamos até a Cruz de Hierro, monumento em que é costume o peregrino depositar uma pedra que touxede sua terra, aos pés da Cruz que dá o nome ao lugar. A chuva nos acompanhava . Finalmente chegamos e nos abrigamos na capelinha de pedra que existe no local. Muitas pessoas também lá se abrigaram inclusibe um bando de alemães que nos maravilhou com uma apresentação coral. Logo chegou outra tempestade de granizo, fino e que durou pouco. Os peregrinos e bicigrinos aproveitaram a estiagem e se mandara, nós também os seguimos. Sabiamos que daí em diante teriamos só descida, porém seria um dos trechos mais perigosos para ciclistas, devido à prolongada descida, ao excesso de velocidade e às falhas dos freios. É um local onde sempre há acidentes, muitas vezes fatais. Mal haviamos ultrapassado a segunda curva, quando a chuva reiniciou, agora com fortes ventos e granizo que se pareciam com o tamanho de limões e que ao bater nos capacetes faziam um ruido muito grande além de doer ao atingir as faces e as mãos logo surgiu o albergue de Manjarin, nossa salvação ede mais de uma vintena de pesoas a pé ou bikes que alí buscaram refúgio e que foram convidados à entrar, interrompendo inclusive ao almoço do hospediro e de sua família. O ambiente era pobre e eles almoçavam à luz de velas, não havia energia elétrica e não sei porque a luz que entrava naquele albergue era escassa. Uma das moças que conosco chegou teve uma crise nervosa, devidoao granizo quefazia muito barulho e que parecia piorar a cada minuto. Sueli abraçou-a e a consolou, apesar da diferença de idiomas ela acalmou-se e ficou hospedada neste lugar (consistia num girau ao qual se acessava por uma escada improvisada). O hospitaleiro, disseram-me depois, filho de Tomás, o último templário (como se intitula), deixou sua refeição sôbre a mesa e atendeu-nos , a todos, um por um com uma chícara de café e palavras de conforto. Valeu. Onde menos esperávamos, encontramos um espírito cristão que soube : abrigar e repartir o calor de sua habitação, de seu fogão primitívo, com aqueles que necessitavam sem pedir nada em troca. Deus nosmostra que mesmo na pobreza encontramos quem é MAIOR que aqueles qu tem muitos bens. Deus seja louvado e abençôe Manjarin e seus maravilhos TEMPLARIOS.
Após amainar a chuva, arriscamos e seguimos em frente, já descansados e recuperados até El Acebo. Lá nos albergamos e ficamos em um quarto só paranós dois, acho que meeciamos um pouco de conforto.
Dia seguinte (25/05), após apreciarmos as construções de El Acebo, as montanhas em que em alguns trechos ainda havia neve e que cercavam a vila, prosseguimos, agora só descidas, paisagens maravilhosas, só que minhas nádegas estavam feridas e eu tinha de sentar-me de lado no selin. A todo instante, Sueli, parava para fotografar as coisas lindas e as vilas que se sucediam,
Riego de Ambros (não vi o Ambrózio, só seu rego0), Molina Seca é uma pintura, depois Ponferrada que já conheciamos de nosso curso de hospitaleiros. Como é uma cidade grande, perdi-me, como estava ficando de costume, e só me encontrei com a Su, chamando-a pelo celular (ela estava no caminho certo). Seguimos as indicações e os passos dos peregrinos que nos antecediam. Chegamos então à uma igreja antiga, com uma pequena pracinha em Columbrianos. Ao lado um pomar cheio de frutinhas vermelhinhas. Pulamos a taipa, que era baixinha e nos deliciamos com as primeiras ceejas que encontramos no camino. Plantei uns pinhões que havia trazido em minha bagagem continuamos em frente. Ponferrada fica num vale e também seus arredores, por isso pouco nos cansávamos, mas os "paises baixos" estavam muito doloridos e tinha dois grandes hematomas lá embaixo. Apesar de não haver montanhas as pequenas elevações eram longas e exigiam um certo esforço, aind próximo à Ponferrada, cruzamos Puentes Nuevas, Camponayara, Cacabelos, Pieros e finalmente chegamos ao Albergue Ave Fenix em Villa franca del Bierzo. Este albergue é famoso devido à figura de seu proprietário, que lá não se encontrava e que deixara aos hospitaleiros a função de administrar sua propriedade. Fomos muito bem recebidos e deram-nos acomodações boas. Havia uma frase que me causou um certo mal-estar: o peregrino pede, o turista exige. Depois entendi ao ver o máu estado dos banheiros e os buracos nos cobertores.
Conversamos. com uma brasileira, Beatriz, que nos orientou, como é o dia a dia de um hospitaleiro e nos demoveu disso, pois disse que minhas condições físicas não me permitiriam fazer tudo que é exigido do hospitaleiro voluntário. Guardei bem seus conselhos e depois de ouvir outros, no caminho e de piorarem meus hematomas, resolvi desistir destes meus propósitos, ao menos até melhorar bem dos assentos.
Villafranca del Bierzo é muito bonita. Percorremos suas ruas, jantamos e nos recolhemos.
Dia

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Conclusões 2

Catedral de León

(Anteriormente não consegui postar imagens, vamos ver se hoje consigo).
Saímos de El Burgo Ranero e eu peguei a saída mais bonita. Não havia ninguém na estrada. Passamos por um viaduto sôbre uma carreera nacional e depois notei que o asfalto ficava cada vez pior. Falei com a Su e ela me disse ter visto peegrinos em outra direção. Voltamos, e de fato, o caminho era outro, bom asfalto e sempre margeado de carvalhos.
Passamos por Rellegos, Mansilla de las Mulas,aqui fomos à uma oficina de bicis para consertar a marcha da minha bici que só ficava na mais leve. Tive de trocar o conjunto de mudanças da frente que estava torto e gasto. Depois fomos a um posto de saúde para conseguir receita para levotiroxina que só se vende com receita na Espanha, fomos muito bem atendidos pelo médico que prontamente nos forneceu o que pedimos. Fomos em seguida fazer um lanche e olhem a coincidência, serviram café à Sueli numa chicara do Brasil, ao pagarmos a conta falamos do ocorrido à proprietária que nos presenteou chicara e pires novos do Brasil. Ficamos sensibilizados e agradecemos. Continuamos por Villamoros de Mansilla, Puente de Villarente, Arcaheja lugar onde nos tinham recomendado um albergue, depois Valdelafuente, Puente Castro e então entramos numa confusão de trânsito que indicava uma cidade grande León. Fomos até o albergue e fomos mal recebidos por um tal de Paco que disse-nos estar nos substituindo, pois haviamos furado com nossa convocação. Nós nem sabiamos do fato e retiramo-nos ofendidos para o albergue municipal, o outro hospitaleiro, pessoa muito digna e verdadeiramente HOSPITALEIRO, sr. Luiz Mari, tentou-nos demover de nossa resolução, porém a esta altura o ambiente estava negro e êle então nos conduziu ao outro albergue onde fomos recebidos com muita consideração. Quando voltei ao estacionamento das bikes, a minha, devido ao grande peso da bagagem caiu de lado e a roda virou um 8. Levei-a à uma oficina (foi a segunda vez num mesmo dia) e deixei-a para ser concertada, enquanto isto fomos conhecer a célebre Catedral de León
Na saída de León, novamente pegamos estrada errada e já estávamos saindo para Asturias quando perguntando a um transeunte indicou-nos o caminho certo, era já 22 de maio e queriamos prosseguir. Logo depois passamos por Virem do Caminho onde comprei uma jaqueta amarelo-cheguei para melhor ser avistado. As subidas eram constantes e longas e cansávamo-nos muito. E sucedam-se as vilas: Valverde de la Virgen, San Miguel del Camino, tentamos seguir pelo caminho dos peregrinos, mas acabamos mesmo voltando à carretera, apesar do tráfego intenso. Em Villadangos del Paramo paramos para lanchar na beira da estrada, já estávamos superando o stress de nossa acolhida em León e continuamos pedalando e pedindo ao SENHOR que desse ao Paco uma melhor visão de como acolher um peregrino cansado. Depois de San Martín del Camino entramos em um desvio para Puente de Orbigo, aí atravessamos a célebre ponte ende um cavalheiro, na Idade Média, sob o pretesto de conquistar o coração de uma donzela desafiava, para uma "justa" os que passavam e juntamene com alguns amigos, após 100 lutas, dirigiu-se a Santiago de Compostela, cumprindo sua promessa (não sei o que houve com a jovem). Desde então em Hospital de Órbigo, do outro lado da ponte, sempre festejam estas peleias, com justas entre cavalheiros do local. Ficamos no Albergue San Miguel, onde fomos recebidos pela filha dos proprietários com muita educação e principalmente com um sorriso. Já aí tinham estado Carlos e Malu, dois conhecidos de Camboriú e que tem um blog. Fomos conhecer de perto a tal Puente, bandeirolas e tendas por toda parte, indicando as festas dos dias anteriores. O pólen cobria tudo, entrava em nossos olhos e narinas, parecia neve tamanha a quantidade. Meus olhos ficaram vermelhos e a rinite piorou muito. Jantamos num restaurante acolhedor e simples. Encontramos as duas Graças de Brasília que ficaram no albergue municipal. Após merecido repouso acordamos lá pelas 8 e depois, do desayuno, partimos.
As casas, fora do centro, eram muito bonita e algumas até luxuosas. Passamos por Villares de Órbigo, Santibañez de Valdiglesias, San Justo de la Vega, algumas dessas vilas só viamos as placas indicativas na estrada, era comum peregrinos ao lado da carretera, com suas brandes mochilas e seus cajados, com seus passos cadenciados, irem sós ou em grupos. Como em León, após ver que nem a bicicleta suportava o peso que eu carregava, despachara mais um pacote para a casa da Andréia, sentia-me mais aliviado ao pedalar. Surgiu então, na nossa frente, uma cidade no cimo de um morro, repleta de torres de igrejas, era Astorga, a cidade monumento, a cidade do chocolate. Subibmos ao albegue paroquial por uma subida muito íngreme. Eu empurrava a bike, olhando o céu e vendo ao meu lado os pedestres passarem com algum esforço. Após carimbar as nossas credenciais, fomos ver algo do lugar. Pequeno, porém com muitas coisas a admirar, igrejas, ruinas romanas, um relógio na praça central que ressoa as horas quando dois bonecos lhe batem com martelos. Há até um museo do chocolate. Não nos detivemos muito e prosseguimos por Murias de Rechivaldo. Aí então comecei a ficar curioso com um cartaz à porta de restaurantes, anunciando um certo "cozido maragatto". Numa encruzilhada fiquei em dúvida sôbre que caminho tomar. Encontramos aí vários militares em roupa e gala, com espadins e tudo, as senhoras e moças que os acompanhavam também vestiam roupas de festa, perguntei-lhes pelo Caminho de Santiago. Abriram vários mapas, consultaram-se entre si e finalmente concluiram que deviamos entrar no povoado que aparecia de Castrillo de los Polvasares. Entramos, as ruas eram calçadas de pedras irregulares, parecia que estávamos em outros tempos, duas velhinhas que sentavam-se em um banco à beira do caminho disseram-nos que a estrrada era a outra. Voltamos e após muitas subidas, estrada ruim, chegamos à entrada de Santa Catalina de Somoza onde paramos para dormir.


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Conclusões do CAMINHO

Hoje é dia 8 de junho de 2009. Já há 3 dias que chegamos à Barcelona e eu ainda não coloquei o que passamos no CAMINHO. Venturas e desventuras, muitas passamos. Perdi alguns quilos, estou mais enxuto portanto, mais postado no chão, menos ilusões e visão mais realista de tudo. Isto é, tornei-me mais "humano" com a peregrinação.
Vejamos
- Saímos de Madri muito decepcionados, pois os planos não foram como planejáramos e certamente, a Providência, nos auxiliou nisto, pois evitando que fizéssemos a travessia dos Pirineus, para alguns : - muito difícil, mas não impossível, deixou-nos com alguma vantagem de resistência física. Outra coisa que muito me desagradou foi, ao montarmos as bicis descobrir que o quadro da minha tinha uma rachadura e que ela poderia não resistir até Santiago. Como jamais desisti de meus objetivos começamos a primeira parte de nossa pedalada no dia 5 de junho. Antes , dia 4 fomos conhecer a Ciutadela, de onde se originou a cidade de Pamplona. Trata-se de uma fortaleza que teve seu inicio de construção m 1571 e que só terminou em 1640. Sofreu muito com o tempo mas parte já foi restaurada e é maravilhosa, pode muito bem ser apreciada no Google Earth e aqui ocuparia muito espaço.
No início de nossa pedalada estávamos com as forças restaurada, apesar dos muitos hematomas que me enfeitavam os antebraços, devido ao transporte das bicis, agora elas que teriam de nos carregar. Os alforges e mochilas continham mais de 40 kg de bagagens, mesmo tendo despachado alguma coisa para Barcelona, pelo Correio.
O primeiro obstáculo foi achar a carretera N111. Após alguns equívocos e incertezas passamos pela vila de Astrain e seguimos em frente. Devagar e sempre. Para trás ficava a silhueta de Pamplona que ocupava nosso horizonte e na frente o Monte do Perdão com seu parque eólico. Dizia a Sueli, que seus pecados já estavam pagos ao subir o tal morro, pois cansávamos muito e tinhamos de parar e empurrar as bikes, mais do que pedalar. Alguns ciclistas nos ultrapassavam com muita facilidade e aí eu comecei a desconfiar que carregava peso demais.
A vista lá de cima, onde nós fomos pois eu não aguentava subir até o parque eólico, era muito linda, trigais extensos, verde claros e algumas ruínas de castelos, paisagem que se repetiria por grande parte dos 750 km que tinhamos pela frente. Depois da subida a descida, que bom, sempre asfalto bem conservado e pouco movimento de carros. Passamos então por Basongaiz e Legarda, dois vilarejos ao longo da N111, e alcançamos a entrada para Obaños que eu queria transpor para ir até Eunates, onde tem uma igreja que não se deve perder, porém perdi. Obaños é uma vila muito bonitinha e tiramos fotos de sua praça (está no meu Orkut). Chegamos ao final, sem perceber a Puente la Reina, onde se fundem o Caminho aragonês com o francês. Logo estávamos frene ao albergue de peregrinos, onde fomos bem recebidos, apesar de estarmos com bicicletas, e fomos albergados. Tiramos as tralhas das montarias e procuramos nossos beliches. Após o banho fomos conhecer a vila. Suas ruas estreitas, casas com brasões, igrejas muito antigas com ninhos de cegonha em suas torres. Voltamos após comermos algo ao albergue e fomos descansar para no dia seguinte reiniciarmos o CAMINHO.
Saímos pelas 9 hs, após sofrermos para colocar nossos alforges e mochilas corretamente, apesar de um ziper já se ter estragado.
Éra já dia 6 e pretendíamos chegar a Estella. Após Puente la Reina, a estrada subia muito, passamos por Mañeru, onde descansamos um pouco admirando construções nova e modernas ao longo da estrada que propagavam, viviendas de 120 m2 em terrenos de 360 m2, casas muito bonitas, todas com armações de concreto e tijolos, isolamento térmico (vimos algumas que não tinham sido terminadas). A Sueli se encantou e disse que este seria um bom lugar para viver.
Passamos por Cirauqui( ninho de víboras) onde vimos uma cobra morta na estrada, após Lorca e Villatuerta chegamos à Estella (Lizarra), cidade mediana e com muitos monumentos. Ficamos no albergue paroquial onde um casal de hospitaleiros (Antonio e Pilar) foram excelentes, não só conosco mas para com todos os que chegavam. Visitamos vários pontos da cidade e tivemos outra decepção ao visitarmos o albergue municipal, onde o hospitaleiro nos convidou a nos retirarmos sem é que não iríamos ficar lá. À noite , após irmos à uma missa numa igreja do séc. XIII, tivemos um jantar comunitário no nosso albergue,preparado pelos hospitaleiros e servido no pátio aos 32 peregrinos (de graça). Agradecemos à Deus haver pessoas como Antonio e Pilar que são exemplos a serem imitados.
No dia seguinte (07/05) fizemos nosso "desayuno" e além disso havia "bocadillos de jamón" para levar no próximo trecho. Agradecemos e nos despedimos.
Ao sairmos de Estella, passamos por obras na estrada e logo em seguida estávamos em Irache onde em sua Bodega existe uma Fuente de Vino, onde se pode servir de graça, um vinho simples mas gostoso. Tomamos e após encher nosso cantil de água continuamos, fortalecido e refrescados.
Agora a paisagem tinha muitas vinhas misturadas aos trigais, ainda estávamos na Navarra e passamos por Asqueta, Villamayor de Monjardin, onde me perdi na saída pela estrada para Los Arcos. Este lugar é muito bonito, pequeno mas com muitos recursos, paramos um pouco, fizemos lanche e prosseguimos. Sansol e Torres del Rio são duas vilas quase juntas e depois enfrentamos uma bela subida chegado finalmente à Viana, muito cansados.
O albergue municipal estava lotado e o outro estava fechado. Seguiamos pela rua quando uma senhora chamou Sueli, pedindo para entrar rápido em sua casa e para falar baixinho. Colocamos as bicicletas num quartinho ao lado da entrada, era um quartinho com decorações antigas e rebuscadas. Levou-nos a seguir para um andar superior onde passamos por escadas antigas, retratos e pinturas pelas paredes, botas de cavaleiros (de metal), servindo de porta guarda-chuvas. O aposento que nos foi destinado (sempre falando em baixa voz) era de outros (e melhores tempos) .havia umas quatro camas distribuídas aleatoriamente. Quadros de antigos cavaleiros, nobres e reis, fotos do inicio do séc. XX ou fins do XIX. Peças de mobiliário muito antigas e objetos de decoração também muito antigos, parecia estarmos em um museu. Perguntei`sra. Ana de quando era a construção da casa e ela me respondeu que dos anos 1700.
Dia seguinte partimos, também muito agradecidos pela hospitalidade.
Meu plano era ficar no Albergue San Saturnino em Ventosa, já na província de La Rioja. Passamos por Logroño, cidade muito bonita,onde como sempre passamos dificuldade de achar a saída. Tem uma praça central muito linda onde descansamos. Após Logroño existe um parque enorme "La Grajera", onde o CAMINHO passa por dentro. Muitas escolas e famílias passeiam por aí. Após uma represa no parque, começam subidas entre plantações de videiras e após passar por Navarrete chegamos a Ventosa onde passamos a noite.
Dia 9 deveriamos ir até Viloria, onde encontrariamos o Albergue de Acácio e Orietta. Partimos com0 sempre por último. As paisagens eram muito belas e a Su fotografava tudo, por isso progrediamos devagar. Passamos por Najera, que lugar bonito o Mosteiro de Santa Maria la Real estava sendo fotografado por dezenas de turistas que desciam de onibus, as cegonhas emitiam ruidos semelhantes aos das catracas de madeira para alimentar seus filhotes e voavam e voltavam dos bosques próximos. Esta pequena cidade encontra-se junto a montes que possuem muitas cavernas, algumas delas foram transformadas em habitações. Perdemo-nos um do outro e só nos encontramos ao sair da cidade numa subida muito forte. Resolvemos continuar pelo caminho dos peregrinos, este era de terra e com muitas pedras soltas. Chegamos finalmente em Azofra, onde carimbamos nossos passaportes de peregrinos e continuamos. Passamos por Ciriñuela e quando chegamos a Santo Domingo de la Calzada, fizeram-nos parar numa esquina para dar passagem a uma procissão. Na frente vinham bailarinos com trajes típicos da região, logo eram seguidos por uma banda e depois por autoridades civís e religiosas, depois vinham os fiéis e o povaréu. Quando passaram seguimos até a igreja onde dentro há um galinheiro com um galo e uma galinha. Se o galo cantar, reza a lenda, a peregrinação será bôa. Pois ele cantou para nós dois. Tiramos fotos na pracinha, enfeitada, pois era o festejo de 900 anos da morte de Sto. Domingo. Seguimos e após Grañon entramos na província de Castilla y León. A Sueli perguntava a todo instante se faltava muito, como eu tamém não conhecia o percurso, respondia que era logo alí, mas é que este alí não chegava nunca. Eu também perguntava às pessoas qual o caminho e poucas nos davam informações satisfatórias. Após Redecilla del Camino e Castildelgado encontrei placas que indicavam Viloria de Rioja onde chegamos mais mortos que vivos.
Fomos recebidos por Orietta, Acácio estava em Santiago, que providenciou alojamento para nós e que falando português deu-nos um novo alento. Preparou-nos uma refeição de arroz com feijão que foi maravilhosa e fez-nos sentir em nossa própria casa. Bendita seja.
Como estávamos cansados demais, pedimos para ficar mais um dia e conhecer esta vila que foi o berço de Sto. Domingo de la Calzada. Há na vila mais ou menos 60 habitantes, uma igreja muito antiga e em reformas. a missa foi realizada no bar do povoado. Sueli e Orietta arrumaram um canteiro e ficamos muito felizes e ao mesmo temo tristes por deixá-la.
Dia 11 partimos. Orietta nos indicou o Correio de Belorado para nós enviarmos para a Déia, em Barcelona, um pouco mais do peso que transportávamos, o que fizemos. Belorado é uma cidadezinha muito simpática e tem duas igrejas medievais muito bonitas. A formação do terreno também propicia o uso de cavernas, algumas habitadas até hoje.
Após Belorado chegamos a Tosantos onde visitamos a Ermita de Sta. Maria de la Peña, construida numa caverna e que se avista da estrada, tudo muito bonito. Passamos por Villambistia, Espinosa del camino e finalmente chegamos a Villafranca Montes de Oca, onde nos hospedamos numa "casa rural" La Alpergateria. Finalmente estávamos com um quarto só para nós com banheiro no corredor mas com lugar para guardar as bicis sem ter de tirar os alforges, o que já era um avanço. Esta vila é atravessada pela carretera N-120 e em alguns trechos a gente tem de se colar às paredes das casas para dar passagem aos caminhões. O trânsito é pesado. Compramos algumas coisas num mercadinho-bar-verdureira, intitulado supermercado onde um senhor com uma navalha cortou algumas fatias de jamón. Aqui encontramos a Igreja de Santiago. Nossa comida foi preparada na cosinha da casa rural e partimos no dia seginte, sabendo que iriamos enfrentar uma subida longa e íngreme na Serra da Demanda até La Pedraja há mais de 1000 m de altitude.
(Dia 12)Partimos e quanto mais subiamos mais frio ficava. Na maior parte do tempo empurrávamos as bikes e cansávamos. Eu sentia o coração bater dentro do crânio. Como eu levava um aparelho para marcar a frequência cardiaca, via que os batimentos subiam inicialmente até 150 por minuto e depois caiam a 49 e 60, fiquei preocupado, ageitei melhor a cinta sôbre o tórax porém o problema persistia, mais tarde resolvi tudo guardando o aparêlho, não vi mais nenhuma variação. Quando me cansava aguardava a respiração normalizar e depois continuava até o próximo descanso. Chegamos então até o alto do planalto, o frio estava cortante e não quiz ir até San Juan de Ortega, continuamos pela Sierra de Atapuerca, passamos por Zalduendos onde a máquina fotográfica deu "uns Pregos", comprei umas pilhas novas porém não adiantou. Continuamos por Ibeas de Juarros e chegamos numa cidade grande, Burgos. Tudo muito bem sinalizado , levou-nos ao "casco Viejo", a cidade velha onde ficamos no albergue paroquial. Enorme, moderno, com elevadores e salas para refeição, internet (sempre ocupada).
O que mais chama a atenção nesta cidade é sua catedral, magnífica, tivemos a oportunidade de conhecer a história do lugar e alguns monumentos guiados por uma senhora muito preparada e que quase me matou de tanto caminhar. Ceamos muito bem, fomos dormir e passamos muito frio. Esta cidade tem a fama de ser uma das mais frias da Espanha é a capital da província do mesmo nome e tem uma população de mais de 180 mil habitantes.
Saímos mais cedo(dia 13) com destino a Hontanas e após nos perdemos, de andarmos por caminhos muito pouco frequentados, depois de passarmos por um Hotel-Castelo (****) em Olmillos de Sasamón finalmente chegamos a Hontana. Fomos conduzidos a umalbergue novo, e guardamos as bicicletas numa tapera , cheirando estrume de pássaros porém comchaves, o que garantia nossoa pertences. Depois de nós chegaram mais dois casais que ocuparam beliche distantes dos nossos. Jantamos e no(14 de maio)dia seguinte após o desjejum em um bar albergue continuamos a peregrinação.
Foi um dos trechos mais bonitos e onde pudemos refletir muito. Agora eram só planícies e o esforço não era tão grande, Só o frio é que nos castigava. Convento de San Anton é ruina que se atravessa, pois seu arco está sobre a estrada. Alí, a Sueli entregou-me a máquina para fotografá-la (o que faltava eram as pilhas e em Atapuerca venderam-me uma velhas que não funcionaram), ao pegar a dita desequilibrei-me e caí por cima dela que não resistiu ao peso e também caiu. Foi cômico e fora uma canela ralada e o vexame que umas gringas fotografaram o episódio ficou por aí. Ao longe avistamos um castelo sobre um monte, sem vegetação ao redor e de cor ocre. Aos pés havia uma cidade, era Castrojeriz. Entramos e logo encontramos uma grande igreja, a Colegiata de N. S. del Manzano (séc XIII e XVIII). Havia outras muitas igrejas no local, porém o que mais chamava a atenção era o castelo. Após sair da cidade seguimos por uma estrada em obras até Castrillo de Matajudios, ondemme disseram que os senhores do castelo citado anteriormente e uqe se avistava ao longe, fizeram uma matança de judeus, acusando-os de feitiçaria para ganhar deles em jogos. Histórias a parte entramos na vila, fotografamos e prosseguimos por uma nova estrada a BU-403, que nos levou a Itero del Castillo, onde descansamos ao lado da estrada e depois falar com uns italianos junto à Puente Fitero que separa da província de Palencia, passamos por Itero de la Vega. Chegamos então à Boadilla del Camino. Explicamos ao Dudu, proprietário do albergue "En El Camino" que no dia seguinte (15 de maio deveriamos ir a Ponferrada fazer um curso para hospitaleiros voluntários e precisávamos de condução até lá e de deixar as bicis no albergue. Ele disse-nos que não havia problemas e que iria verificar os horários de onibus e/ou trem e que não nos preocupássemos. Tomamos nosso banho, ceamos e antes de mnos recolhermos ele disse-ns que haveria um ônibus , cedo até Palência e um trem às 14 hs para Ponferrada.
Pela manhãdo dia 15 conhecemos uma senhora, holandesa, mas residindo há muitos anos em Holambra, no interior de São Paulo, que também iria à Palencia ver seu irmão que ficara hospitalizado pois teria tido uma crise de taquicardia que lhe provocara um desmaio e que ferira o rosto. O pai de Dudu, Sr. Jesus nos deu carona até Palencia e não quiz nos cobrar nada, mais uma pessoa boa, bem como sua esposa dna. Begoña uma pintora excelente. Chegamos em Ponferada ew nos alojamos no albergue paroquial, também muito grande,mais de 140 leitos. Ficamos aí fazendo o curso e conhecendo a cidade. Esta está situada entre montanhas, algumas ainda com neve no cume (lá no delas). Há um castelo bem recuperadom do séc. XVI, pois vejam só, estavam para transformá-lo em campo de futebol e então resolveram reconstitui-lo. É uma maravilha. Voltamos dia 17 à Palencia e no dia seguinte a Boadilla del Camino. Dia 19 recomeçamos nosso CAMINHO.
A paisagem era sempre a mesma, ondulaçoes que nos forçavam na subida e nos aliviavam nas descidas, Havia agora um novo tipo estranho de construções, os !palomares", pombais bem grandes que abrigavam muitas pombinhas, certamente para se alimentarem. Os trigais ainda nos acompanhavam, com mudanças de cores conforme o tempo de plantação, uns mais verdes outros mais amarelados, mas sempre a perder de vista.Havia ao lado da carretera caminhos para os peregrinos, bem demarcados e protegidos. Passamos pelo Canal de Castilla, um projeto antigo que serve hoje para irrigar as plantações, mas cuja primeira finalidade era torná-los navegáveis, Frómista ficou para trás, veio Población de Campos, Villoviego, Villarmentero de Campos. Em Villarcazar de Sirga paramos para fotografar a igreja e um restaurante com uma estátua de peregrino em uma mesa. Passamos por Carrión de los Condes e em Quintanilla de las Cuezas entramos numa "casa romana", reconstituição de uma vila romana do primeiro século da era cristã; Mosaicos muito bonitos, sistema de calefação, uma maravilha. Depois chegamos em Calzadilla de la Cueza, onde fomos recebidos no Albergue Camino Real por um baiano, foi uma festa vermos mais um brasileiro. Este também nos aconselhou a não fazermos o papel de hospitaleiro e nos deu os motivos. Havia também outro brasileiro no albergue e que trabalhava para o sr. Cesar Acero, dono do albergue e do Hostal da vila. Trataram-nos muito bem e quando souberam que eu não retornaria ao Brasil com minha Bici solicitaram que a presenteasse ao Capixaba que com eles trabalhqava, o que eu prometi,assim que terminasse o caminho.
Dia 20 nos dirigimos por pequenas vilas até Sahagún (pensei em sagu). O caminho seguia agora ao lado da estrada e com fileiras de carvalhos, novos, que acompanhavam por todo trecho. Seguimos por Calzada del Coto, Bercianos del Real Camino e chegamos a El Burgo Ranero. Eu queria sabe se havia o coaxar de rãs como já havia lido. Na entrada da vila uma senhora nos disse que não havia mais vagas no albergue municipal e ofereceu-nos hospedagem em seu hostal o El Nogal. Fomos muito em tratados e verificamos a verdade de que não havia vagas no outro albergue. Havia também outro hostal de nome Piedras Blancas, o que me fezlembrar de Lages. A mãe da proprietária foi muito gentil, ela era esposa de um médico do interior, já aposentado como eu e ainda (ela) trabalhava todos os dias. Percorremos todo o perímetro urbano em poucos minutos, conhecemos o charco e ouvimos as rãs. Aí apareceu outro problema. O pólen de árvores entrava pelas narinas, olhos, provocando rinite e lacrimejamento, fui à uma farmácia e comprei antialérgico e colírio. Tive de deixar de tomar vinho, o que fazia diariamente pois é parte do menu do peregrino.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DE HONTANAS A BOADILLA DEL CAMINO (14 DE MAIO)

Após Hontanas, o frio nos pegou de novo, a estrada é boa e fomos até Castrojeriz. Cidade muito bonita com três igrejas e as ruínas de um castelo no alto de um morro que domina a cidadezinha. Muitas fotos.

Pedalávamos agora por uma estrada estreita e chegando em Castrillo de Matajudios, dobramos à esquerda com destino à Fromista.

Agora cruzávamos a Meseta com sucessivas plantações de trigo e muitas videiras. Após Itero de La Vega, que fica longe da estrada, cruzamos o rio Pisuerga, pela Puente Fitero e entramos na província de Palencia. Aí já estávamos em outra vila, Itero Del Castillo.

Completamos 30 km ao chegarmos a Boadilla del Camino, onde nos hospedamos no albergue Em El Camino. De fora foi uma decepção, uma porta velha e carcomida marcava a entrada ou escondia um pátio acolhedor, com piscina e obras de arte esculpidas em ferro.

Dudu e Hugo nos receberam muito bem. Avisamos que deveríamos deixar nossos pertence aí para podermos ir fazer o “cursillo para hospitaleros voluntários” em Ponferrada no dia seguinte. Aceitaram cuidar das bicis e o Dudu (tem uma amiga em Balneário Camboriú) prontificou-se em pesquisar na internet como deveríamos fazer para irmos a Ponferrada.

No dia seguinte seu pai (Jesus) levou-nos até Palencia, de carona, em seu carro, bem como outra senhora de Holambra (SP), que ia visitar seu irmão no Hospital, pois este desmaiara e tiveram de interná-lo por apresentar uma taquicardia importante.DSC01291.JPG

Pelourinho em Boadilla del Camino.