quinta-feira, 11 de junho de 2009

Conclusões 2

Catedral de León

(Anteriormente não consegui postar imagens, vamos ver se hoje consigo).
Saímos de El Burgo Ranero e eu peguei a saída mais bonita. Não havia ninguém na estrada. Passamos por um viaduto sôbre uma carreera nacional e depois notei que o asfalto ficava cada vez pior. Falei com a Su e ela me disse ter visto peegrinos em outra direção. Voltamos, e de fato, o caminho era outro, bom asfalto e sempre margeado de carvalhos.
Passamos por Rellegos, Mansilla de las Mulas,aqui fomos à uma oficina de bicis para consertar a marcha da minha bici que só ficava na mais leve. Tive de trocar o conjunto de mudanças da frente que estava torto e gasto. Depois fomos a um posto de saúde para conseguir receita para levotiroxina que só se vende com receita na Espanha, fomos muito bem atendidos pelo médico que prontamente nos forneceu o que pedimos. Fomos em seguida fazer um lanche e olhem a coincidência, serviram café à Sueli numa chicara do Brasil, ao pagarmos a conta falamos do ocorrido à proprietária que nos presenteou chicara e pires novos do Brasil. Ficamos sensibilizados e agradecemos. Continuamos por Villamoros de Mansilla, Puente de Villarente, Arcaheja lugar onde nos tinham recomendado um albergue, depois Valdelafuente, Puente Castro e então entramos numa confusão de trânsito que indicava uma cidade grande León. Fomos até o albergue e fomos mal recebidos por um tal de Paco que disse-nos estar nos substituindo, pois haviamos furado com nossa convocação. Nós nem sabiamos do fato e retiramo-nos ofendidos para o albergue municipal, o outro hospitaleiro, pessoa muito digna e verdadeiramente HOSPITALEIRO, sr. Luiz Mari, tentou-nos demover de nossa resolução, porém a esta altura o ambiente estava negro e êle então nos conduziu ao outro albergue onde fomos recebidos com muita consideração. Quando voltei ao estacionamento das bikes, a minha, devido ao grande peso da bagagem caiu de lado e a roda virou um 8. Levei-a à uma oficina (foi a segunda vez num mesmo dia) e deixei-a para ser concertada, enquanto isto fomos conhecer a célebre Catedral de León
Na saída de León, novamente pegamos estrada errada e já estávamos saindo para Asturias quando perguntando a um transeunte indicou-nos o caminho certo, era já 22 de maio e queriamos prosseguir. Logo depois passamos por Virem do Caminho onde comprei uma jaqueta amarelo-cheguei para melhor ser avistado. As subidas eram constantes e longas e cansávamo-nos muito. E sucedam-se as vilas: Valverde de la Virgen, San Miguel del Camino, tentamos seguir pelo caminho dos peregrinos, mas acabamos mesmo voltando à carretera, apesar do tráfego intenso. Em Villadangos del Paramo paramos para lanchar na beira da estrada, já estávamos superando o stress de nossa acolhida em León e continuamos pedalando e pedindo ao SENHOR que desse ao Paco uma melhor visão de como acolher um peregrino cansado. Depois de San Martín del Camino entramos em um desvio para Puente de Orbigo, aí atravessamos a célebre ponte ende um cavalheiro, na Idade Média, sob o pretesto de conquistar o coração de uma donzela desafiava, para uma "justa" os que passavam e juntamene com alguns amigos, após 100 lutas, dirigiu-se a Santiago de Compostela, cumprindo sua promessa (não sei o que houve com a jovem). Desde então em Hospital de Órbigo, do outro lado da ponte, sempre festejam estas peleias, com justas entre cavalheiros do local. Ficamos no Albergue San Miguel, onde fomos recebidos pela filha dos proprietários com muita educação e principalmente com um sorriso. Já aí tinham estado Carlos e Malu, dois conhecidos de Camboriú e que tem um blog. Fomos conhecer de perto a tal Puente, bandeirolas e tendas por toda parte, indicando as festas dos dias anteriores. O pólen cobria tudo, entrava em nossos olhos e narinas, parecia neve tamanha a quantidade. Meus olhos ficaram vermelhos e a rinite piorou muito. Jantamos num restaurante acolhedor e simples. Encontramos as duas Graças de Brasília que ficaram no albergue municipal. Após merecido repouso acordamos lá pelas 8 e depois, do desayuno, partimos.
As casas, fora do centro, eram muito bonita e algumas até luxuosas. Passamos por Villares de Órbigo, Santibañez de Valdiglesias, San Justo de la Vega, algumas dessas vilas só viamos as placas indicativas na estrada, era comum peregrinos ao lado da carretera, com suas brandes mochilas e seus cajados, com seus passos cadenciados, irem sós ou em grupos. Como em León, após ver que nem a bicicleta suportava o peso que eu carregava, despachara mais um pacote para a casa da Andréia, sentia-me mais aliviado ao pedalar. Surgiu então, na nossa frente, uma cidade no cimo de um morro, repleta de torres de igrejas, era Astorga, a cidade monumento, a cidade do chocolate. Subibmos ao albegue paroquial por uma subida muito íngreme. Eu empurrava a bike, olhando o céu e vendo ao meu lado os pedestres passarem com algum esforço. Após carimbar as nossas credenciais, fomos ver algo do lugar. Pequeno, porém com muitas coisas a admirar, igrejas, ruinas romanas, um relógio na praça central que ressoa as horas quando dois bonecos lhe batem com martelos. Há até um museo do chocolate. Não nos detivemos muito e prosseguimos por Murias de Rechivaldo. Aí então comecei a ficar curioso com um cartaz à porta de restaurantes, anunciando um certo "cozido maragatto". Numa encruzilhada fiquei em dúvida sôbre que caminho tomar. Encontramos aí vários militares em roupa e gala, com espadins e tudo, as senhoras e moças que os acompanhavam também vestiam roupas de festa, perguntei-lhes pelo Caminho de Santiago. Abriram vários mapas, consultaram-se entre si e finalmente concluiram que deviamos entrar no povoado que aparecia de Castrillo de los Polvasares. Entramos, as ruas eram calçadas de pedras irregulares, parecia que estávamos em outros tempos, duas velhinhas que sentavam-se em um banco à beira do caminho disseram-nos que a estrrada era a outra. Voltamos e após muitas subidas, estrada ruim, chegamos à entrada de Santa Catalina de Somoza onde paramos para dormir.


Nenhum comentário:

Postar um comentário