segunda-feira, 8 de junho de 2009

Conclusões do CAMINHO

Hoje é dia 8 de junho de 2009. Já há 3 dias que chegamos à Barcelona e eu ainda não coloquei o que passamos no CAMINHO. Venturas e desventuras, muitas passamos. Perdi alguns quilos, estou mais enxuto portanto, mais postado no chão, menos ilusões e visão mais realista de tudo. Isto é, tornei-me mais "humano" com a peregrinação.
Vejamos
- Saímos de Madri muito decepcionados, pois os planos não foram como planejáramos e certamente, a Providência, nos auxiliou nisto, pois evitando que fizéssemos a travessia dos Pirineus, para alguns : - muito difícil, mas não impossível, deixou-nos com alguma vantagem de resistência física. Outra coisa que muito me desagradou foi, ao montarmos as bicis descobrir que o quadro da minha tinha uma rachadura e que ela poderia não resistir até Santiago. Como jamais desisti de meus objetivos começamos a primeira parte de nossa pedalada no dia 5 de junho. Antes , dia 4 fomos conhecer a Ciutadela, de onde se originou a cidade de Pamplona. Trata-se de uma fortaleza que teve seu inicio de construção m 1571 e que só terminou em 1640. Sofreu muito com o tempo mas parte já foi restaurada e é maravilhosa, pode muito bem ser apreciada no Google Earth e aqui ocuparia muito espaço.
No início de nossa pedalada estávamos com as forças restaurada, apesar dos muitos hematomas que me enfeitavam os antebraços, devido ao transporte das bicis, agora elas que teriam de nos carregar. Os alforges e mochilas continham mais de 40 kg de bagagens, mesmo tendo despachado alguma coisa para Barcelona, pelo Correio.
O primeiro obstáculo foi achar a carretera N111. Após alguns equívocos e incertezas passamos pela vila de Astrain e seguimos em frente. Devagar e sempre. Para trás ficava a silhueta de Pamplona que ocupava nosso horizonte e na frente o Monte do Perdão com seu parque eólico. Dizia a Sueli, que seus pecados já estavam pagos ao subir o tal morro, pois cansávamos muito e tinhamos de parar e empurrar as bikes, mais do que pedalar. Alguns ciclistas nos ultrapassavam com muita facilidade e aí eu comecei a desconfiar que carregava peso demais.
A vista lá de cima, onde nós fomos pois eu não aguentava subir até o parque eólico, era muito linda, trigais extensos, verde claros e algumas ruínas de castelos, paisagem que se repetiria por grande parte dos 750 km que tinhamos pela frente. Depois da subida a descida, que bom, sempre asfalto bem conservado e pouco movimento de carros. Passamos então por Basongaiz e Legarda, dois vilarejos ao longo da N111, e alcançamos a entrada para Obaños que eu queria transpor para ir até Eunates, onde tem uma igreja que não se deve perder, porém perdi. Obaños é uma vila muito bonitinha e tiramos fotos de sua praça (está no meu Orkut). Chegamos ao final, sem perceber a Puente la Reina, onde se fundem o Caminho aragonês com o francês. Logo estávamos frene ao albergue de peregrinos, onde fomos bem recebidos, apesar de estarmos com bicicletas, e fomos albergados. Tiramos as tralhas das montarias e procuramos nossos beliches. Após o banho fomos conhecer a vila. Suas ruas estreitas, casas com brasões, igrejas muito antigas com ninhos de cegonha em suas torres. Voltamos após comermos algo ao albergue e fomos descansar para no dia seguinte reiniciarmos o CAMINHO.
Saímos pelas 9 hs, após sofrermos para colocar nossos alforges e mochilas corretamente, apesar de um ziper já se ter estragado.
Éra já dia 6 e pretendíamos chegar a Estella. Após Puente la Reina, a estrada subia muito, passamos por Mañeru, onde descansamos um pouco admirando construções nova e modernas ao longo da estrada que propagavam, viviendas de 120 m2 em terrenos de 360 m2, casas muito bonitas, todas com armações de concreto e tijolos, isolamento térmico (vimos algumas que não tinham sido terminadas). A Sueli se encantou e disse que este seria um bom lugar para viver.
Passamos por Cirauqui( ninho de víboras) onde vimos uma cobra morta na estrada, após Lorca e Villatuerta chegamos à Estella (Lizarra), cidade mediana e com muitos monumentos. Ficamos no albergue paroquial onde um casal de hospitaleiros (Antonio e Pilar) foram excelentes, não só conosco mas para com todos os que chegavam. Visitamos vários pontos da cidade e tivemos outra decepção ao visitarmos o albergue municipal, onde o hospitaleiro nos convidou a nos retirarmos sem é que não iríamos ficar lá. À noite , após irmos à uma missa numa igreja do séc. XIII, tivemos um jantar comunitário no nosso albergue,preparado pelos hospitaleiros e servido no pátio aos 32 peregrinos (de graça). Agradecemos à Deus haver pessoas como Antonio e Pilar que são exemplos a serem imitados.
No dia seguinte (07/05) fizemos nosso "desayuno" e além disso havia "bocadillos de jamón" para levar no próximo trecho. Agradecemos e nos despedimos.
Ao sairmos de Estella, passamos por obras na estrada e logo em seguida estávamos em Irache onde em sua Bodega existe uma Fuente de Vino, onde se pode servir de graça, um vinho simples mas gostoso. Tomamos e após encher nosso cantil de água continuamos, fortalecido e refrescados.
Agora a paisagem tinha muitas vinhas misturadas aos trigais, ainda estávamos na Navarra e passamos por Asqueta, Villamayor de Monjardin, onde me perdi na saída pela estrada para Los Arcos. Este lugar é muito bonito, pequeno mas com muitos recursos, paramos um pouco, fizemos lanche e prosseguimos. Sansol e Torres del Rio são duas vilas quase juntas e depois enfrentamos uma bela subida chegado finalmente à Viana, muito cansados.
O albergue municipal estava lotado e o outro estava fechado. Seguiamos pela rua quando uma senhora chamou Sueli, pedindo para entrar rápido em sua casa e para falar baixinho. Colocamos as bicicletas num quartinho ao lado da entrada, era um quartinho com decorações antigas e rebuscadas. Levou-nos a seguir para um andar superior onde passamos por escadas antigas, retratos e pinturas pelas paredes, botas de cavaleiros (de metal), servindo de porta guarda-chuvas. O aposento que nos foi destinado (sempre falando em baixa voz) era de outros (e melhores tempos) .havia umas quatro camas distribuídas aleatoriamente. Quadros de antigos cavaleiros, nobres e reis, fotos do inicio do séc. XX ou fins do XIX. Peças de mobiliário muito antigas e objetos de decoração também muito antigos, parecia estarmos em um museu. Perguntei`sra. Ana de quando era a construção da casa e ela me respondeu que dos anos 1700.
Dia seguinte partimos, também muito agradecidos pela hospitalidade.
Meu plano era ficar no Albergue San Saturnino em Ventosa, já na província de La Rioja. Passamos por Logroño, cidade muito bonita,onde como sempre passamos dificuldade de achar a saída. Tem uma praça central muito linda onde descansamos. Após Logroño existe um parque enorme "La Grajera", onde o CAMINHO passa por dentro. Muitas escolas e famílias passeiam por aí. Após uma represa no parque, começam subidas entre plantações de videiras e após passar por Navarrete chegamos a Ventosa onde passamos a noite.
Dia 9 deveriamos ir até Viloria, onde encontrariamos o Albergue de Acácio e Orietta. Partimos com0 sempre por último. As paisagens eram muito belas e a Su fotografava tudo, por isso progrediamos devagar. Passamos por Najera, que lugar bonito o Mosteiro de Santa Maria la Real estava sendo fotografado por dezenas de turistas que desciam de onibus, as cegonhas emitiam ruidos semelhantes aos das catracas de madeira para alimentar seus filhotes e voavam e voltavam dos bosques próximos. Esta pequena cidade encontra-se junto a montes que possuem muitas cavernas, algumas delas foram transformadas em habitações. Perdemo-nos um do outro e só nos encontramos ao sair da cidade numa subida muito forte. Resolvemos continuar pelo caminho dos peregrinos, este era de terra e com muitas pedras soltas. Chegamos finalmente em Azofra, onde carimbamos nossos passaportes de peregrinos e continuamos. Passamos por Ciriñuela e quando chegamos a Santo Domingo de la Calzada, fizeram-nos parar numa esquina para dar passagem a uma procissão. Na frente vinham bailarinos com trajes típicos da região, logo eram seguidos por uma banda e depois por autoridades civís e religiosas, depois vinham os fiéis e o povaréu. Quando passaram seguimos até a igreja onde dentro há um galinheiro com um galo e uma galinha. Se o galo cantar, reza a lenda, a peregrinação será bôa. Pois ele cantou para nós dois. Tiramos fotos na pracinha, enfeitada, pois era o festejo de 900 anos da morte de Sto. Domingo. Seguimos e após Grañon entramos na província de Castilla y León. A Sueli perguntava a todo instante se faltava muito, como eu tamém não conhecia o percurso, respondia que era logo alí, mas é que este alí não chegava nunca. Eu também perguntava às pessoas qual o caminho e poucas nos davam informações satisfatórias. Após Redecilla del Camino e Castildelgado encontrei placas que indicavam Viloria de Rioja onde chegamos mais mortos que vivos.
Fomos recebidos por Orietta, Acácio estava em Santiago, que providenciou alojamento para nós e que falando português deu-nos um novo alento. Preparou-nos uma refeição de arroz com feijão que foi maravilhosa e fez-nos sentir em nossa própria casa. Bendita seja.
Como estávamos cansados demais, pedimos para ficar mais um dia e conhecer esta vila que foi o berço de Sto. Domingo de la Calzada. Há na vila mais ou menos 60 habitantes, uma igreja muito antiga e em reformas. a missa foi realizada no bar do povoado. Sueli e Orietta arrumaram um canteiro e ficamos muito felizes e ao mesmo temo tristes por deixá-la.
Dia 11 partimos. Orietta nos indicou o Correio de Belorado para nós enviarmos para a Déia, em Barcelona, um pouco mais do peso que transportávamos, o que fizemos. Belorado é uma cidadezinha muito simpática e tem duas igrejas medievais muito bonitas. A formação do terreno também propicia o uso de cavernas, algumas habitadas até hoje.
Após Belorado chegamos a Tosantos onde visitamos a Ermita de Sta. Maria de la Peña, construida numa caverna e que se avista da estrada, tudo muito bonito. Passamos por Villambistia, Espinosa del camino e finalmente chegamos a Villafranca Montes de Oca, onde nos hospedamos numa "casa rural" La Alpergateria. Finalmente estávamos com um quarto só para nós com banheiro no corredor mas com lugar para guardar as bicis sem ter de tirar os alforges, o que já era um avanço. Esta vila é atravessada pela carretera N-120 e em alguns trechos a gente tem de se colar às paredes das casas para dar passagem aos caminhões. O trânsito é pesado. Compramos algumas coisas num mercadinho-bar-verdureira, intitulado supermercado onde um senhor com uma navalha cortou algumas fatias de jamón. Aqui encontramos a Igreja de Santiago. Nossa comida foi preparada na cosinha da casa rural e partimos no dia seginte, sabendo que iriamos enfrentar uma subida longa e íngreme na Serra da Demanda até La Pedraja há mais de 1000 m de altitude.
(Dia 12)Partimos e quanto mais subiamos mais frio ficava. Na maior parte do tempo empurrávamos as bikes e cansávamos. Eu sentia o coração bater dentro do crânio. Como eu levava um aparelho para marcar a frequência cardiaca, via que os batimentos subiam inicialmente até 150 por minuto e depois caiam a 49 e 60, fiquei preocupado, ageitei melhor a cinta sôbre o tórax porém o problema persistia, mais tarde resolvi tudo guardando o aparêlho, não vi mais nenhuma variação. Quando me cansava aguardava a respiração normalizar e depois continuava até o próximo descanso. Chegamos então até o alto do planalto, o frio estava cortante e não quiz ir até San Juan de Ortega, continuamos pela Sierra de Atapuerca, passamos por Zalduendos onde a máquina fotográfica deu "uns Pregos", comprei umas pilhas novas porém não adiantou. Continuamos por Ibeas de Juarros e chegamos numa cidade grande, Burgos. Tudo muito bem sinalizado , levou-nos ao "casco Viejo", a cidade velha onde ficamos no albergue paroquial. Enorme, moderno, com elevadores e salas para refeição, internet (sempre ocupada).
O que mais chama a atenção nesta cidade é sua catedral, magnífica, tivemos a oportunidade de conhecer a história do lugar e alguns monumentos guiados por uma senhora muito preparada e que quase me matou de tanto caminhar. Ceamos muito bem, fomos dormir e passamos muito frio. Esta cidade tem a fama de ser uma das mais frias da Espanha é a capital da província do mesmo nome e tem uma população de mais de 180 mil habitantes.
Saímos mais cedo(dia 13) com destino a Hontanas e após nos perdemos, de andarmos por caminhos muito pouco frequentados, depois de passarmos por um Hotel-Castelo (****) em Olmillos de Sasamón finalmente chegamos a Hontana. Fomos conduzidos a umalbergue novo, e guardamos as bicicletas numa tapera , cheirando estrume de pássaros porém comchaves, o que garantia nossoa pertences. Depois de nós chegaram mais dois casais que ocuparam beliche distantes dos nossos. Jantamos e no(14 de maio)dia seguinte após o desjejum em um bar albergue continuamos a peregrinação.
Foi um dos trechos mais bonitos e onde pudemos refletir muito. Agora eram só planícies e o esforço não era tão grande, Só o frio é que nos castigava. Convento de San Anton é ruina que se atravessa, pois seu arco está sobre a estrada. Alí, a Sueli entregou-me a máquina para fotografá-la (o que faltava eram as pilhas e em Atapuerca venderam-me uma velhas que não funcionaram), ao pegar a dita desequilibrei-me e caí por cima dela que não resistiu ao peso e também caiu. Foi cômico e fora uma canela ralada e o vexame que umas gringas fotografaram o episódio ficou por aí. Ao longe avistamos um castelo sobre um monte, sem vegetação ao redor e de cor ocre. Aos pés havia uma cidade, era Castrojeriz. Entramos e logo encontramos uma grande igreja, a Colegiata de N. S. del Manzano (séc XIII e XVIII). Havia outras muitas igrejas no local, porém o que mais chamava a atenção era o castelo. Após sair da cidade seguimos por uma estrada em obras até Castrillo de Matajudios, ondemme disseram que os senhores do castelo citado anteriormente e uqe se avistava ao longe, fizeram uma matança de judeus, acusando-os de feitiçaria para ganhar deles em jogos. Histórias a parte entramos na vila, fotografamos e prosseguimos por uma nova estrada a BU-403, que nos levou a Itero del Castillo, onde descansamos ao lado da estrada e depois falar com uns italianos junto à Puente Fitero que separa da província de Palencia, passamos por Itero de la Vega. Chegamos então à Boadilla del Camino. Explicamos ao Dudu, proprietário do albergue "En El Camino" que no dia seguinte (15 de maio deveriamos ir a Ponferrada fazer um curso para hospitaleiros voluntários e precisávamos de condução até lá e de deixar as bicis no albergue. Ele disse-nos que não havia problemas e que iria verificar os horários de onibus e/ou trem e que não nos preocupássemos. Tomamos nosso banho, ceamos e antes de mnos recolhermos ele disse-ns que haveria um ônibus , cedo até Palência e um trem às 14 hs para Ponferrada.
Pela manhãdo dia 15 conhecemos uma senhora, holandesa, mas residindo há muitos anos em Holambra, no interior de São Paulo, que também iria à Palencia ver seu irmão que ficara hospitalizado pois teria tido uma crise de taquicardia que lhe provocara um desmaio e que ferira o rosto. O pai de Dudu, Sr. Jesus nos deu carona até Palencia e não quiz nos cobrar nada, mais uma pessoa boa, bem como sua esposa dna. Begoña uma pintora excelente. Chegamos em Ponferada ew nos alojamos no albergue paroquial, também muito grande,mais de 140 leitos. Ficamos aí fazendo o curso e conhecendo a cidade. Esta está situada entre montanhas, algumas ainda com neve no cume (lá no delas). Há um castelo bem recuperadom do séc. XVI, pois vejam só, estavam para transformá-lo em campo de futebol e então resolveram reconstitui-lo. É uma maravilha. Voltamos dia 17 à Palencia e no dia seguinte a Boadilla del Camino. Dia 19 recomeçamos nosso CAMINHO.
A paisagem era sempre a mesma, ondulaçoes que nos forçavam na subida e nos aliviavam nas descidas, Havia agora um novo tipo estranho de construções, os !palomares", pombais bem grandes que abrigavam muitas pombinhas, certamente para se alimentarem. Os trigais ainda nos acompanhavam, com mudanças de cores conforme o tempo de plantação, uns mais verdes outros mais amarelados, mas sempre a perder de vista.Havia ao lado da carretera caminhos para os peregrinos, bem demarcados e protegidos. Passamos pelo Canal de Castilla, um projeto antigo que serve hoje para irrigar as plantações, mas cuja primeira finalidade era torná-los navegáveis, Frómista ficou para trás, veio Población de Campos, Villoviego, Villarmentero de Campos. Em Villarcazar de Sirga paramos para fotografar a igreja e um restaurante com uma estátua de peregrino em uma mesa. Passamos por Carrión de los Condes e em Quintanilla de las Cuezas entramos numa "casa romana", reconstituição de uma vila romana do primeiro século da era cristã; Mosaicos muito bonitos, sistema de calefação, uma maravilha. Depois chegamos em Calzadilla de la Cueza, onde fomos recebidos no Albergue Camino Real por um baiano, foi uma festa vermos mais um brasileiro. Este também nos aconselhou a não fazermos o papel de hospitaleiro e nos deu os motivos. Havia também outro brasileiro no albergue e que trabalhava para o sr. Cesar Acero, dono do albergue e do Hostal da vila. Trataram-nos muito bem e quando souberam que eu não retornaria ao Brasil com minha Bici solicitaram que a presenteasse ao Capixaba que com eles trabalhqava, o que eu prometi,assim que terminasse o caminho.
Dia 20 nos dirigimos por pequenas vilas até Sahagún (pensei em sagu). O caminho seguia agora ao lado da estrada e com fileiras de carvalhos, novos, que acompanhavam por todo trecho. Seguimos por Calzada del Coto, Bercianos del Real Camino e chegamos a El Burgo Ranero. Eu queria sabe se havia o coaxar de rãs como já havia lido. Na entrada da vila uma senhora nos disse que não havia mais vagas no albergue municipal e ofereceu-nos hospedagem em seu hostal o El Nogal. Fomos muito em tratados e verificamos a verdade de que não havia vagas no outro albergue. Havia também outro hostal de nome Piedras Blancas, o que me fezlembrar de Lages. A mãe da proprietária foi muito gentil, ela era esposa de um médico do interior, já aposentado como eu e ainda (ela) trabalhava todos os dias. Percorremos todo o perímetro urbano em poucos minutos, conhecemos o charco e ouvimos as rãs. Aí apareceu outro problema. O pólen de árvores entrava pelas narinas, olhos, provocando rinite e lacrimejamento, fui à uma farmácia e comprei antialérgico e colírio. Tive de deixar de tomar vinho, o que fazia diariamente pois é parte do menu do peregrino.

Um comentário:

  1. Buen Camino!!!! Fiquei mto contente em saber que vc gostou da minha cicloviagem por terras de D. Quixote com seus moinhos de vento!!!! Fiquei mais contente em saber que vc tb fez O CAMINHO!!! Eu ainda não li o seu relato... Quero ler com calma e com todo o carinho que merece ser lido... Acabei de chegar de uma cicloviagem pela região sudeste com um projeto pessoal (divulgar a importância dos exames preventivos para um diagnóstico precoce). Deixarei com vc dois links de entrevistas que fiz para a Folha de São Paulo no dia 22 de ago 2010 (domingo retrasado) http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/08/22/professora-percorre-2700-km-de-bicicleta-para-comemorar-cura-de-cancer.jhtm
    E agora dia 29 de ago 2010 para a rádio CBN (domingo passado)
    http://cbn.globoradio.globo.com/programas/revista-cbn/2010/08/29/PROFESSORA-COMEMORA-SUA-CURA-COM-PEDALADAS-PARA-DIVULGAR-EXAMES-PREVENTIVOS.htm
    Vc sendo médico, acredito que vai gostar!
    Caso não consiga abrir os sites, manda um e-mail para mim para que eu possa ter o seu contato tb: cris_bike@terra.com.br
    Bjks de um "bicicloperegrina" rsrsrsrsrs
    Cris :)

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