quinta-feira, 4 de junho de 2009

DE VILORIA DE RIOJA À VILLAFRANCA MONTES DE OCA (11 DE MAIO)

Como sempre saímos por últimos do albergue. Logo chegamos a Belorado. Cidadezinha bonita. No correio mandamos parte de nossa carga para a casa da Andréia e ficamos sabendo que nossos presentes que havíamos mandado de Pamplona não haviam sido entregues por erro de endereço. Não sei como isto será resolvido.

Era dia de feira e estivemos olhando as coisas expostas. Fomos ver as igrejas de S. Pedro e S. Maria, muito lindas. Atrás de uma delas há um morro, com varias cavernas habitadas. O lugar é muito agradável, porém logo partimos.

Chegamos a Villafranca Montes de Oca e nos hospedamos numa “casa rural” na beira da estrada que aí é muito estreita. Tão estreita que um caminhão tem de esperar outro passar para poder prosseguir. No próximo dia teremos uma grande subida pela frente.

DE VENTOSA À VILORIA DE RIOJA (9 e 10 de maio)

Hoje saímos ÀS 8:30 COM DESTINO À Viloria, para ficarmos no albergue do Acácio.

Passamos por Najera, pequena cidade ao sopé de um morro cheio de cavernas, algumas delas servem ou serviram de residência. Há um mosteiro muito antigo franciscano de Santa Maria La Real. Estava com muitos ninhos de cegonha que fazem muito barulho alimentando seus filhotes. Na saída pegamos uma subida muito forte e depois conseguimos chegar a Santo Domingo de La Calzada, cidade pequena, havia na ocasião uma procissão, com bailarinos, banda e autoridades , festejavam 900 anos da morte de Santo Domingo de La Calzada. Tiramos muitas fotos. Depois prosseguimos viagem, muito cansados passamos por Grañon e Castildelgado. A Sueli perguntava quando chegaríamos e eu lhe dizia que logo. Ficou muito braba porque nunca chegávamos. Depois de bastante pedalar chegamos a Viloria onde fomos bem recebidos por Orieta (Acácio estava em Santiago). A refeição é faita comunitariamente e nada se paga. O albergue é pequeno, simples e muito acolhedor. Senti-me em casa e mpedi para ficar mais um dia pois estávamos estafados.

No dia seguinte fomos conhecer a vila que tem somente 60 habitantes. Foi aqui que nasceu Sto. Domingo. A Igreja está sendo reformada e a missa foi celebrada no Bar local. O Thiago telefonou para dar parabéns à Su pelo dia das mães.

Orieta preparou para nossa refeição arroz com feijão. Ficamos lisongeados com o afrado. Éla é maravilhosa. Há no entanto pessoas que usam o albergue e se retiram sem fazer sequer um donativo pelo café, jantar e outros agrados mais.

Amanhã seguiremos porBelorado até Villafranca Montes de Oca.

Sei eu, dechamos em Viloria uma amiga maravilhosa que jamais esqueceremos.

DE BURGOS A HONTANA (13 DE MAIO)

Hoje tivemos de sair cedo. Seguimos pela estrada N-120, passando por Tardajos e Olmillos de Sasamón. Nesta vila paramos para admirar um castelo. É um hotel quatro estrelas, tudo novo, é cópia de algum outro castelo.

Descansamos e prosseguimos, agora com poucas subidas, até eu me enganar e pegar uma estrada errada, com uma subida muito forte que nos levou por campos de trigais, terminando por chegar a Hostanas após 42 km (era para ser 37 km).

Esta é uma vila muito pequena e nos hospedamos no albergue municipal, recém reformado. Fomos os primeiros a chegar depois chegaram mais dois casais.

Fomos jantar num bar mais afastado onde uma piscina enfeita o parque. Deitamos cedo. Amanhã será outro dia.

sábado, 16 de maio de 2009

Viana - Ventosa

08/maio . Saimos da casa da Sra. Juana às 10 hs. Eu queria ir até Ventosa num albergue privado que eu sabia tratar bem os brasileiros. Foi um trajeto muito longo. Já nem me recordo de nada. Só sei que doia trudo, não guentava nem mesmo sentar-me no selim da bici. A Sueli estava possessa, dizendo, e com razão que isto não era forma de fazer o caminho.
Chegamos em Ventosa e fomos o albergue do sr. Henrique. Boas instalaões e no dia seguinte empreendemos nova pedalada.

Estella a Viana




07/maio - Foi outro dia cansativo. Quando chegamos em Viana não havia vagas no albergue, nos atrasamos bastante, pois além de um trajeto longo, parávamos muito para fotografar.


Ficamos numa casa de família. O interessante é que andávamos pela rua empurrando as bicis, quando a Sueli viu uma mãozinha chamando e pedindo silêncio. Mandou-nos entrar apressadamente guardamos as bikes em uma saleta decorada com coisas antigas e fez-nos subir algumas escadarias, com degráus largos. Toda a decoração, demaziada para meu gosto, era antiga. Botas em estilo de cavaleiro da Idade Média, usada comoi porta guarda-chuvas, brasôes por todas paredes bem como fotos de pessoas do final do século XIX e começo do XX.


Nosso quarto tinha uma porta larga e pesada com fechadura do século passado. A decoração também era muito rebuscada, fotos de reis, nobres e suas famílias, pinturas, escudos, várias camas distribuidas neste recinto enorme, com lareira e mesas. Depois de um bom baho fomos dormir, um sono merecido.


Amanhã outra etapa.

Estudando

Há muitos dias que não tenho acesso completo à internet. Hoje resolvi ficar descansando e colocar ttudo em dia (o que me lembro). Acompanhem no Google earth ou maps.
Estou usando as anotações da Su.
06/maio - 8:45Hs hra local - 3:45 no Brasil. Cêdo temos de sair do albergue. O Caminho é muito lindo e temos de subir bastante foi cansativo porém gratificante.
Passamos por Mañeru, uma pequena vila, com uma antiga igreja. Havia ao lado um conjunto residencial bem moderno, ainda em fase de construção. São casas de 135 m2 em terreno de 360 m2. coisa linda mesmo. Continuamos na carretrera 111 até Estella onde chegamos estafados, sempre subida e aí ficamos no Albergue Parroquial. Os "hospitaleros" são Pillar e Alfredo e nos trataram muitíssimo bem, como também trataram os outros peregrinos. Tive uma consulta de uma alemã com tendinite, que é muito comum entre os peregrinos, pois o peso da mochila mais o caminhar lesionam muito o tendão de Aquiles. No dia seguinte ela ficou de repouso e estava chorando por não poder acompanhar suas amigas.
Visitamos várias partes da cidade, inclusive o albergue municipal, onde fomos mal recebidos e enchotados. Acho que o hospitaleiro era funcionário público pois não quiz nem sequer ouvirnos e nos mandou embora.
A beleza da cidade compensou. Vimos uma construção antiga que hoje é abrigo de anciões. Ao lado havia uma igreja , a 2ª mais antiga da cidade (S.Maria de la Rua).
Fomos à missa, dedicada aos peregrinos, na igreja de S. Miguel, muito linda, depois voltamos ao albergue onde uma sopa nos esperava . Éramos, mais ou menos 30 em volta da mesa e pudemos depois dormir reconfortados. Às 10 hs as luzes são apagadas e não se pode fazer barulho.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

ETA VIAGENZINHA COMPLICADA



5/5/2009 - SAIMOS DE PAMPLONA QUASE MEIO-DIA, DEPOIS DE CONVERSARMOS MUITO COM O SR. ALBERO. Ele me disse que se a rachadura da minha bike aumenta-se seria um sinal de alerta, mas que seu viajasse por"carreteras", haveria a possibilidade de conseguir ir até Santiago ou além e que eu não deveria levá-la de volta ao Brasil porque não compensaria o transtorno do transporte. Como eu não tenho medo do perigo resolvi correr os riscos.
A saída de Pamplona é complicada, segue-se pela avda. Pio XII que continua na N111 (Pamplona-Logroño). Logo estávamos nos subúrbios e passamos por Cizur Mayor, aí começaram as dúvidas.
Não é permitido circular de bici por autoestradas e a rodovia mudou o nome para A2. Entrei num desvio à direita e percorri alguns quilômetros até chegar numa aldeia, Astráin, depois chegamos à subida do Monte do Perdón, onde paguei todos meus pecados numa subida que não acabava mais. Perto do cume, o do monte, há um desvio que leva ao Parque eólico, é claro que não fui lá. Fiquei apreciando os cataventos enormes que assobiavam e rodavam feito coisa de "loco". Lá da estrada a visão é maravilhosa, Pamplona ao fundo, muitas aldeias e a impressão que não vivemos no nosso tempo, imagina-se estar na Idade Média, tal a profusão de castelos no (agora é outro nome)cimo de colinas. Descemos o Monte do Perdão velozes. A Sueli queria a todo instante parar para fotografar tudo que via e que era novidade. Em Obanos tomamos a estrada da esquerda ( tudo muito bem asfaltado) e depois de uma boa subida chegamos à vila. Conseguimos comprar água, mas a dona do bar avisou que já estavam fechando, eles tem horário diferente para abrir, servir e fechar os estabelecimentos, Povo estranho! Finalmente chegamos a Puente la Reina e nos hospedamos no Albergue dos Padres Reparadores, carimbamos nossos passaportes de peregrinos e depois do banho fomos conhecer a Vila. Eu queria mais era ver a tão famosa Puente que foi construida no século XI, se não me engano. para servir aos peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela, vindos da França, por Roncesvalles, e os que vinham por Aragão, pois nesta cidade se juntam os dois caminhos e era necessário atravessar o rio Arga. Quem mandou construi-la foi a rainha Mayor, esposa de Sancho II, rei de Navarra, o que deu nome à localidade. O centro da cidade é típico das "poblaciones". ruas estreitas, casas "blazonadas" que nos chamavam a atenção. Fizemos uma refeição num pequeno restaurante e fotografamos igrejas antigas, a igreja de São Pedro (séc.XV), a Igreja de Santiago com uma portada do séc XII, esta de estilo românico e a Igreja do Crucifijo junto ao Albergue, estilo gótico e que tem em seu interior um Cristo em curiosa forma de Y, que foi doado por peregrinos almães na Idade Média. (Eu só queria que prima Thaís estivesse aqui para apreciar estas relíquias, quem sabe ela convence o Pedro). Olhem na Igreja de São Pedro, tem cegonha em cima dela.